Movimentos sindicais se articulam para tentar barrar
propostas do governo Temer.
Uma das principais críticas dos movimentos e coletivos progressistas no Brasil, ditos de esquerda, era a falta de uma pauta comum, capaz de unir todas as frentes para forçar os governos petistas a radicalizar, de fato, políticas sociais. Até pouco depois do golpe que tirou Dilma do poder, a esquerda ainda não estava coesa, mas parece que Michel Temer conseguiu esse feito ao lançar a proposta de emenda constitucional (PEC) 241 e propor reformas na educação, previdência e trabalhista.
Já são mais de mil escolas ocupadas em todo o país contra as
medidas e, nesta semana, centrais sindicais decidiram convocar greve geral para
o dia 11 de novembro, começando com paralisações totais ou parciais de, pelo
menos, uma hora nas fábricas.
Brasil de Fato
Centrais sindicais convocam greve geral para 11 de novembro
Representantes dos trabalhadores fazem oposição às reformas
propostas pelo governo de Michel Temer
Em oposição à reforma da Previdência, à reforma trabalhista
e à PEC 241, as oito centrais sindicais definiram nesta quarta-feira (19) uma
data para a greve geral: 11 de novembro. A ideia é que, neste dia, as
categorias façam paralisações totais ou parciais, ou seja, de pelo menos hora.
O ato fará parte da Jornada de Lutas Contra a Retirada de
Direitos no país, um calendário nacional de mobilização e paralisações contra
as reformas propostas pelo governo de Michel Temer, elaborado em reunião na
sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Também estavam presentes a Central Geral dos Trabalhadores
do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
a Conlutas, a Força Sindical, a Intersindical, a Nova Central e a União Geral
dos Trabalhadores (UGT).
Já na próxima segunda-feira (24), haverá um ato em Brasília
contra a PEC 241, que deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados
no mesmo dia.
Pauta
As organizações são contra a reforma da Previdência, que
quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e equiparar as
regras de homens e mulheres. Também são contra a reforma trabalhista que
flexibilizaria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e faria com que o
negociado entre patrão e empregado prevalecesse sobre o legislado.
Além disso, protestam contra a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 241, que congela os gastos dos serviços públicos pelos
próximos 20 anos.
Repercussão
Após as mobilizações do dia 11 de novembro, as centrais
sindicais voltarão a se reunir para definir os detalhes sobre os atos do dia 25
de novembro. Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, o que não muda são os
propósitos finais da agenda de lutas.
“Será uma jornada de acúmulo de forças, estaremos nas ruas
dia 11 e 25 e seguir caminhando rumo à greve geral, se os governantes não
entenderem que não podem retirar os direitos da classe trabalhadora”, encerrou
Freitas.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
Via Jornal GGN
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