Fracassou a tentativa do presidente ilegítimo Michel Temer
de promover uma conciliação entre os presidentes do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministra Cármen Lúcia, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em
encontro que desejava realizar nesta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto.
O encontro foi desmarcado depois que Carmem Lúcia disse que não participaria do
almoço por causa da agenda lotada.
A agenda da ministra divulgada pelo STF previa um almoço na
Nunciatura Apostólica com o núncio Dom Giovanni d’Aniello.
Temer quer evitar os desdobramentos da crise política
estabelecida com o golpe que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff. A
Operação Lava Jato, que se tornou a principal arma do golpe contra a democracia
no país, produziu um racha entre os poderes Legislativo e Judiciário após a
Polícia Federal prender, na última sexta-feira (21), quatro membros da Polícia
Legislativa, nas dependências do Senado, com autorização de um juiz de 1ª
instância, desobedecendo a Constituição.
Renan criticou o juiz e o ministro da Justiça Alexandre de
Moraes. Cármem Lúcia saiu em defesa do juiz e agora, após evitar o encontro
conciliatório, anunciou para o próximo dia 3 de novembro o julgamento da ação
ajuizada pela Rede Sustentabilidade contra Renan, acusado de responder a ações
penais por crimes comuns e portanto não poder fazer parte da linha sucessória
da Presidência da República. O presidente do Senado está na linha sucessória e
é alvo de 11 inquéritos no STF.
A crise institucional que vai se definindo após o golpe ameaça
a agenda de Temer, que quer ver aprovada, até o final do ano, a PEC 241, que
congela os gastos públicos por 20 anos. Aprovada esta semana na Câmara, a
matéria chega nesta quarta-feira no Senado apara apreciação.
Pelos desdobramentos da disputa entre Cármem Lúcia e Renan,
Temer tem motivo para muitas preocupações.
Via - Portal Vermelho
Nenhum comentário:
Postar um comentário