Salva da bancarrota pelo ex-presidente Lula, a Globo
imaginava que esta sexta-feira 4 seria seu dia de glória; empenhada em destruir
o ex-presidente mais popular da história do País, numa luta que já quebrou o
setor de engenharia e vem arruinando o País, a Globo esperava celebrar a prisão
de Lula; beneficiária de mais um vazamento ilegal, a Globo anunciou um
"dia especial", por meio do Twitter de Diego Escosteguy; depois, alguns
de seus colunistas, como Eliane Cantanhêde, decretaram a morte do PT; o que se
seguiu, ao longo do dia, foi uma reversão total das expectativas da família
Marinho; abusos da Operação Lava Jato foram denunciados por governadores,
ministros do STF e pela presidente Dilma Rousseff; além disso, o ataque vil a
Lula e todos os seus familiares acendeu a faísca da reação popular, que
mobilizou sindicatos, movimentos sociais e simpatizantes; nas ruas, repórteres
da Globo tiveram de trabalhar sem identificação para não serem agredidos pela
população; para completar o quadro, Lula anunciou que agora, irá lutar para
voltar ao poder; "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça.
Bateram no rabo e a jararaca está viva"
Dois projetos de País entraram em choque nesta sexta-feira
histórica. De um lado, o projeto representado pelo grupo Globo, sem o qual não
haveria Operação Lava Jato, nem seus abusos que agora começam a ser percebidos
pela opinião pública. De outro, o projeto representado pelo ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que deixou a presidência da República com 80% de
aprovação, projetando uma imagem positiva no Brasil e no mundo.
O projeto da Globo é o mesmo de 1964, quando os Marinho se
uniram aos militares para golpear a democracia. Trata-se de uma visão
subserviente de Brasil, alinhada com os Estados Unidos, e sem nenhum
protagonismo regional. No mundo dos Marinho, riquezas nacionais, como o
pré-sal, devem ser abertas à exploração de multinacionais, como Shell, Exxon e
Chevron. O projeto de Lula, por sua vez, é o de um Brasil forte e respeitado
internacionalmente. Daí, a importância da diplomacia do Sul-Sul e da construção
de novos eixos de poder como os BRICs.
Nesta sexta-feira, a Globo, atendendo a seus próprios
interesses ou de terceiros, esperava celebrar seu dia de glória. Lula, afinal,
seria preso pelo juiz Sergio Moro, que recebeu, dos Marinho, o prêmio "Faz
Diferença". Seria o fim de um processo que já arruinou a economia brasileira,
quebrou o setor de engenharia e desmoralizou empresas brasileiras que vinham
suplantando concorrentes internacionais em mercados globais, como a Odebrecht.
Hoje, seria o dia de estourar o champanhe – talvez, na famosa mansão em Paraty
(RJ), registrada em nome de empresas offshore.
Antes mesmo que o sol raiasse, a Globo já havia sido
beneficiária de mais um vazamento ilegal. Em seu Twitter, o jornalista Diego
Escosteguy, editor de Época, anunciava um "dia especial, cheio de paz e
amor" (leia aqui). Ao longo do dia, uma colunista da Globonews, Eliane
Cantanhêde, começou a celebrar "a morte do PT" (leia aqui).
Reversão de expectativas
Quando os Marinho estavam prontos para celebrar a vitória do
seu projeto de País, se é que assim pode ser qualificado, começou a virada. Nas
redes sociais, a hashtag #ForaRedeGlobo se tornou um dos assuntos mais
comentados do mundo. Assim como em 1964, os Marinho foram novamente associados
a um projeto golpista e entreguista. A única diferença é que os tanques e
baionetas foram substituídos por juízes, policiais e procuradores. Repórteres
da emissora tiveram de trabalhar sem identificação para não serem agredidos nas
ruas. E quando Eliane Cantanhêde dizia que a ação contra Lula turbinaria os
protestos do dia 13 de março, a Globo foi surpreendida com a gigantesca rede de
apoio ao ex-presidente Lula. Sindicatos, simpatizantes de movimentos sociais de
todo o País anunciaram apoio incondicional a Lula e atos em defesa da
democracia.
Ao longo do dia, a festa da Globo começou a azedar com manifestações
de parlamentares, juízes, governadores e até de personagens ligados ao PSDB que
condenaram o abuso da condução coercitiva de Lula e de todos os seus
familiares. Manifestaram-se contra isso os governadores Ricardo Coutinho, da
Paraíba, Flávio Dino, do Maranhão, e Jackson Barreto, de Sergipe, assim como
José Gregori e Bresser Pereira, dois ex-ministros do governo FHC. No Supremo
Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello reagiu com indignação.
"Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz
coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de
resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirmou.
O mais importante, no entanto, foi a força e a contundência
do pronunciamento de Lula. Primeiro, ele condenou a associação antidemocrática
entre grupos de comunicação e setores do Poder Judiciário. Em seguida, voltou a
denunciar a mansão dos Marinho em Paraty, registrada em nome de uma empresa
offshore sediada no Panamá. Por último, ele mostrou estar pronto para viajar o
País e voltar a lutar por seu projeto de País. "O que aconteceu hoje era o
que faltava para que o PT voltasse a erguer a cabeça", disse Lula.
"Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo e a
jararaca está viva".
Nesta sexta-feira, Lula mostrou que é muito, mas muito mais
forte do que a Globo, o maior monopólio de mídia do mundo, salva da bancarrota
justamente pelo ex-presidente.
Via - Brasil 247
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