São Paulo – Centrais e movimentos já se reuniram com o
secretário de Segurança e "deixaram claro o caráter pacífico de todos os
atos". Até agora, estão confirmadas manifestações em quase todas as
capitais.
Manifestação em São Paulo começa às 16h, com previsão de ato
cultural às 17h e ato político às 18h
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As entidades que organizam o ato pela democracia e pela
legalidade previsto para esta sexta-feira (18) à tarde na Avenida Paulista, na
região central de São Paulo, cobraram das autoridades segurança para
manifestantes e profissionais da imprensa. "Nas reuniões com o secretário
de Segurança de São Paulo, Alexandre Moraes, deixaram claro o caráter pacífico
de todos os protestos realizados pelos movimentos sindical e social e
reivindicaram que amanhã a polícia garanta o direito de todos de trabalhar ou
se manifestar", afirmam, em nota, CUT, CTB, MST (sem-terra), UNE e CMP
(movimentos populares), entre outras organizações que compõem a Frente Brasil
Popular.
Em reunião na tarde de hoje (17), o secretário garantiu que
o local estará liberado para o ato desta sexta-feira, segundo os organizadores.
"O senhor garantiu segurança inclusive para os manifestantes que estão
acampados em frente à Fiesp desde ontem à noite, que não têm convívio
democrático com o contraditório. Esperamos que amanhã a Avenida Paulista esteja
desobstruída", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
"A violência coloca a todos nós, democratas que querem
o bem do Brasil, no mesmo patamar dos golpistas que querem tirar direitos da
classe trabalhadora",acrescentou Freitas. "Os profissionais da
imprensa escalados para cobrir o ato por suas chefias estarão no local para
trabalhar e têm de ter paz e segurança para exercer suas tarefas."
A manifestação em São Paulo começa às 16h, com previsão de
ato cultural às 17h e ato político às 18h. Estão previstas as presenças do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empossado hoje na Casa Civil, e do
prefeito Fernando Haddad. A caminhada pela Rua da Consolação até a Praça da
República, prevista até a semana passada, não será realizada – o ato será
apenas na Avenida Paulista. As entidades se manifestam contra o impeachment da
presidenta Dilma Rousseff.
No início da tarde, o próprio secretário foi hostilizado por
manifestantes diante do prédio da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp),
onde desde ontem à noite se concentram defensores do impeachment, com apoio
ostensivo da entidade empresarial. Ao portal G1, Moraes disse que o protesto
deve terminar ainda hoje, por causa da manifestação desta sexta-feira. "O
Movimento Brasil Livre agora fez uma convocação geral. E nós colocamos de uma
forma muito clara que até a noite, ou no final da tarde, eles devem se retirar
porque amanhã há uma outra manifestação marcada anteriormente", declarou.
Pouco antes das 19h, a Secretaria da Segurança Pública
divulgou nota na qual disse reconhecer "o direito à livre manifestação das
entidades com as quais reuniu-se hoje, tendo planejado o mesmo esquema de
segurança realizado para as manifestações do último domingo, de maneira a
garantir a tranquilidade dos manifestantes", acrescentando que "fatos
recentes exigem de todos nós, mais do que nunca, bom senso e serenidade".
De acordo com os organizadores da manifestação, já estão
confirmados atos em Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Juiz de Fora (MG),
Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Joinville (SC),
Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Campina Grande (PB), Macapá, Maceió, Natal,
Palmas, Araguaiana (TO), Porto Alegre, Porto Velho, Ji-Paraná (RO), Recife, Rio
Branco, Rio de Janeiro, Salvador, Vitória da Conquista (BA) e São Luís, além de
São Paulo.
Com informações da CUT e da Secretaria da Segurança Pública
de São Paulo
Via – Rede Brasil Atual
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