Jozef Wesolowski, ex-arcebispo e embaixador papal na República Dominicana, irá a julgamento acusado de pagar para fazer sexo com menores de idade e possuir pornografia infantil; julgamento deve começar em 11 de julho e será o primeiro feito com tais acusações dentro do Vaticano
Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Jozef Wesolowski,
ex-arcebispo e embaixador papal na República Dominicana, irá a julgamento
acusado de pagar para fazer sexo com menores de idade e possuir pornografia infantil,
informou o Vaticano nesta segunda-feira.
O julgamento, que deve começar em 11 de julho, será o
primeiro feito com tais acusações dentro da pequena cidade-Estado e sede da
Igreja Católica, que conta com 1,2 bilhão de fiéis no mundo. Fontes do Vaticano
disseram que a decisão do presidente do tribunal do Vaticano de indiciar
Wesolowski não poderia ter sido tomada sem a aprovação do papa Francisco.
O ex-arcebispo polonês de 66 anos, que foi "núncio
apostólico", ou embaixador do Vaticano, em Santo Domingo durante cinco
anos, foi preso em setembro passado e detido no Vaticano. Foi a primeira prisão
no local relacionada a acusações de pedafilia.
O Vaticano chamou Wesolowski de volta em 2013, quando ele
ainda era diplomata em Santo Domingo. Ele foi dispensado de suas funções depois
que a mídia dominicana o acusou de pagar meninos para realizar atos sexuais. As
reportagens levaram a uma investigação policial.
Wesolowski supostamente saía à paisana, o que incluía um
boné, e frequentava uma praia conhecida como local onde crianças pobres se
prostituem, de acordo com a mídia local que veiculou a história. Após sua
convocação, o tribunal do Vaticano o expulsou de sua ordem religiosa e ele
perdeu a imunidade diplomática. O papa ordenou uma investigação criminal.
Após a prisão, inspetores do Vaticano encontraram
pornografia infantil em seu computador. Se condenado, é improvável que
Wesolowski fique na prisão do Vaticano, que consiste somente de alguns cômodos
adjacentes à sua corte. Ele provavelmente será enviado a uma prisão italiana
como parte de um acordo internacional entre a Itália e o Vaticano, ou será
extraditado à República Dominicana ou à sua Polônia nativa, afirmaram
autoridades do Vaticano.
Via Brasil 247
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