Apresentador da Globo reagiu com ironia às críticas de que a
entrevista com Dilma Rousseff foi muito favorável à presidente; "Sou
petista de raiz", brincou com o colunista Maurício Stycer; para Jô Soares,
que teve postura diferente da linha editorial da emissora, crítica ao governo,
a entrevista foi "a mais importante" de sua carreira e um
"momento histórico" em seus 54 anos de profissão; "Pelo momento
em que a gente está vivendo", explicou; "É um momento difícil para a
presidente e achei corajoso ela me receber. Me deixou emocionado",
revelou; após a entrevista, não demorou para que, nas redes sociais, surgissem
críticas como a de que Jô recebe dinheiro do PT, é "fim de carreira"
e "sem caráter"
O apresentador da Globo Jô Soares reagiu com bom humor às
críticas à sua postura durante entrevista à presidente Dilma Rousseff exibida
na noite de sexta-feira 12. Jô virou alvo por ter sido gentil com Dilma e ter
dado espaço para que a presidente falasse à vontade, sem interrompê-la,
bastante diferente de outras entrevistas na emissora, especialmente no Jornal
Nacional, durante a campanha presidencial.
"Sou petista de raiz", brincou Jô, ao comentar a
entrevista com o jornalista Maurício Stycer, do portal UOL. "Antes, se eu
entrevistava alguém do PSDB, era chamado de petista. E se entrevistava alguém
do PT era chamado de tucano. É sempre assim", acrescentou o apresentador.
Para ele, esta foi "a mais importante" entrevista
de sua carreira e um "momento histórico" em seus 54 anos de
profissão. "Pelo momento em que a gente está vivendo", explica.
"É um momento difícil para a presidente e achei corajoso ela me receber.
Me deixou emocionado", revelou.
Logo na manhã de sábado 13, horas depois da conversa com Dilma,
que foi gravada no Palácio do Alvorada, em Brasília, começaram a surgir, nas
redes sociais, críticas como a de que ele recebe dinheiro do PT – por meio de
captação da Lei Rouanet para espetáculos – é "petralha", "fim de
carreira" e "sem caráter".
"Já tinha escrito aqui sobre a decadência de Jô Soares,
ao transformar-se num defensor mentiroso de Dilma, mas o homem realmente chegou
ao fundo do poço", escreveu Rodrigo Constantino, em seu blog na Veja. O
texto foi compartilhado pelo músico Roger, da banda Ultraje a Rigor.
Reinaldo Azevedo pegou mais leve: "Logo no início do
programa, Jô classifica de 'absurda' a que chamou de 'onda fora Dilma' e afirma
que 'na democracia, quando a pessoa é eleita, tem de se respeitar o voto'
(...). Quando se faz um debate pautado pela lei, Jô Soares, não há 'absurdo'
nenhum!", defendeu o colunista.
Via Brasil 247
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