A presidente Dilma matem a indiferença apesar da eminência do golpe
Via - Blog do Alpino
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Por Laerte Braga* no Facebook
Há um golpe em marcha. Prospera dia a dia e conta com a
inércia da presidente Dilma Roussef.
As concessões que vem fazendo de forma irresponsável às
forças mais retrógradas do País. Parece não perceber que está sendo empurrada a
um abismo e nesse abismo despencam os trabalhadores brasileiros. Não são fatos
isolados a operação Lava a Jato, a determinação do ministro Gilmar Mendes de
reabrir as investigações sobre as contas do governador de Minas, Fernando
Pimentel (terra da quadrilha de Aécio), o silêncio sobre o inquérito dos
Zelotes, os escândalos do metrô em São Paulo, processos que correm no País
inteiro contra tucanos (caso de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul), as ações de
Eduardo Cunha e seus sequazes na Câmara dos Deputados, as idas e vindas de
Renan Calheiros em troca de impunidade nos processos a que responde, o
comportamento da mídia de mercado, sobretudo a GLOBO, VEJA e FOLHA DE SÃO
PAULO.
A pesquisa divulgada no último fim de semana, real ou não,
tem um objetivo golpista claro, todo um processo que visa interromper o curso
democrático.
Pre sal e BRICS são os motivos principais, lógico a
PETROBRAS, o golpe vem de fora para dentro.
O juiz Sérgio Moro não resistiria a uma simples investigação
sobre sua conduta. É peça chave nesse golpismo e a prisão dos diretores da
ODEBRECHT e da ANDRADE GUTIERREZ é um passo e tanto na direção do golpe. A
ODEBRECHT é hoje uma das grandes empreiteiras mundiais e tem afetado negócios
de empreiteiras norte-americanas, dentro do próprio território dos EUA, onde
tem obras.
O Brasil é peça chave dentro da América do Sul. A aparente
palhaçada de Aécio e outros senadores na Venezuela é parte dessa orquestra
golpista, envolve FHC.
O efeito dominó de uma derrubada de Dilma, ou de sua total
imobilização, é devastador. Afeta e desequilibra países que lutam por sua real
independência em toda essa parte do mundo.
O porto Muriel em Cuba é outra problema. Norte-americanos
não aceitam a primazia do País nas relações com o governo de Raul Castro. Não
toleram os avanços da Rússia e da China na América Latina. As elites
brasileiras são tacanhas e subordinadas a esses interesses. Tucanos e afins são
agentes desse golpismo.
Boa parte da Polícia Federal não digere a perda de
gratificações que eram pagas pelo FBI na farsa da política de combate ao
tráfico (Aécio e Perrela estão soltos) e é aparelhada pela extrema direita,
pelo tucanato.
O que fazer? Dilma não tem como se reconstruir. Está
perdida, fraca, submissa e encurralada a despeito de frequentar casamentos e
que tais. Vai aos EUA assinar a capitulação. O PT tem que entender que é
preciso ir às ruas, retomar sua história de formação e luta e não se prender a
defesas histéricas de um governo que acabou sem começar. Lula já percebeu isso
é um alvo. Não querem correr riscos que volte em 2018. Cesar Benjamin em 2002,
numa palestra, previu que o século XXI seria o da recolonização. Sua previsão
está se confirmando. E pior, do fim da democracia em seu sentido lato senso. Ou
acordamos e a luta é de resistência, ou vamos para o brejo.
Que Dilma não caia como Jango, afirmação de um amigo dos
velhos tempos. Que tenha um impulso de coragem dos seus velhos tempos e
resista. Os tempos Dilma de hoje são trágicos.
*Laerte Braga É jornalista, trabalhou no Diário
Mercantil e no Diário da Tarde de Juiz de Fora, para os Diários Associados e
pela agência Meridional (primeira grande agência de notícias do Brasil) e
também dos Diários e Emissoras Associadas, tendo sido correspondente do Estado
de Minas de Juiz de Fora e Zona da Mata, e também trabalhou como freelancer
para revistas e jornais do Brasil e de outros países. Laerte escreve semanalmente
ao Diário Liberda
Via - Dag Vulpi
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