A Sociedade Amigos de Lênin (SAL) reuniu-se, na última segunda-feira (15), na sede do PCdoB, em São Paulo, para discutir agenda de debates e publicações sobre a contribuição de Lênin para o processo revolucionário de 1917. A reunião contou com a participação de João Quartim de Moraes, Augusto Buonicore, Rita Coitinho, Marly Viana, Lígia Maria Osório e Aloísio Sérgio Barroso.
Em reunião, João Quartim de Moraes, Augusto Buonicore, Rita Coitinho, Marly Viana, Lígia Maria Osório e Aloísio Sérgio Barroso.Foto: Cezar Xavier/Portal Grabois |
Buonicore lembra que esta é a segunda reunião da SAL com seus coordenadores gerais. A pauta discutiu a participação do coletivo nas comemorações do centenário da Revolução Russa, a se completar em 2017. Até lá, queremos discutir seminários e debates, em especial, sobre a participação de Lênin”, afirmou o secretário-geral da Fundação Maurício Grabois, responsável pelo Centro de Documentação e Memória.
De acordo com Barroso, a reunião leva adiante a agenda
apresentada e debatida sob o “guarda chuva” da comemoração dos cem anos da
Revolução de Outubro, que vem sendo discutida no Partido. “Dentro dessa ideia
para 2017, vamos realizar debates nos estados, e uma publicação com textos
inéditos para 2016, abordando os pontos relativos a Lênin e sua contribuição
para o socialismo na União Soviética. Os temas que dizem respeito aos direitos
trabalhistas e sociais, os direitos das mulheres, a questão dos nacionalismos,
toda essa temática será vinculada à contribuição teórica de Lênin e o
desenvolvimento dela na construção do socialismo”, acrescentou.
A doutoranda em geografia pela Universidade Federal de Santa
Catarina, Rita Coitinho, por sua vez, destaca a importância dessa agenda trazer
de volta ao debate “a proeminência da figura do Lênin”.
“Na academia, nas universidades, nos estudos históricos se
fala muito da Revolução Russa e da União Soviética, se fala de conceitos
originais de Lênin, mas se omite o autor. A partir dessas atividades, queremos
estimular a releitura e trazer o interesse de volta, assim como a
reinterpretação e reatualização desses conceitos”, afirmou. Rita espera poder
contribuir com estudos em que se especializa, como a teoria do imperialismo e
do partido, tanto quanto agregar conhecidos interessados em Lênin.
Conforme defende Lígia Maria Osório, os cem anos da
Revolução Bolchevique é uma oportunidade para lançar publicações, discutir,
atualizando, não só a contribuição do Lênin para a revolução, mas também os
problemas da revolução que se desdobraram ao longo do século 20. “Discutir a
grande contribuição de Lênin no sentido de mostrar a importância das lutas de
libertação nacional, que foram a tônica do que ocorreu após a Primeira Guerra
Mundial. E os problemas de não completude de alguns aspectos da revolução, como
a emancipação das mulheres que avançou muito, mas que houve aspectos que não
foram resolvidos”, pontuou.
Ela ressaltou o fato de Lênin ter sido um pensador prolífico
e, ao mesmo tempo, um ator político. “Seus escritos mudam, se transformam, ele
faz autocrítica por conta das condições objetivas da histórica que se
transformam”, disse Lígia.
Fonte: Portal Grabois
Nenhum comentário:
Postar um comentário