Ao som de "Não, não à redução" e "fascistas não passarão", os movimentos sociais presentes, nesta quarta-feira (10), na Câmara dos Deputados, impedem votação do relatório do PEC 171, que prevê a redução da idade penal. Dentre os movimentos que participaram estava a União da Juventude Socialista (UJS), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Em post no seu perfil na rede social Facebook, a deputada
federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) denunciou que "os seguranças da Casa
Legislativa usaram spray de pimenta e truculência para afastar os movimentos
sociais presentes na sessão".
A reportagem do Vermelho recebeu a denúncia de que, durante
a manifestação pacífica, uma jovem que estava presente foi socada pelo deputado
federal Alberto Fraga (DEM-DF), o mesmo que agrediu a deputada Jandira Feghali
em outra sessão na Câmara dos Deputados.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP), as presidentas
da UNE e Ubes, Carina Vitral e Barbara Melo, já estão acionando os órgãos
competentes para denunciar a agressão.
"É este o Congresso mais conservador que elegemos desde
1964", declarou em entrevista à TV Vermelho, Ângela Guimarães, presidenta
do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), ao denunciar os impactos do avanço
do conservadorismo no Congresso Nacional e o ataque aos direitos da juventude,
caso a PEC 171 seja aprovada.
Truculência
"A resposta da Polícia Legislativa foi usar gás de
pimenta contra todos os manifestantes. Alguns jovens foram levados ao
departamento médico", indicou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
"Chamaram os jovens de vagabundos", denunciou
Carina Vitral, presidenta da UNE, ao repudiar as agressões. A dirigente
estudantil avisou: "a juventude está unida contra o PEC 171".
A sessão da comissão especial que analisa a redução da
maioridade penal (PEC 171/93) recebeu nesta tarde um pedido de vista coletivo
que adiou a votação da proposta para a próxima quarta-feira, 17.
Do Portal Vermelho, Joanne Mota
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