As Forças Armadas reafirmaram sua lealdade à presidência de
Dilma Rousseff, em nota divulgada pelo general Otávio do Rêgo Barros, do Centro
de Comunicação do Exército. No documento, ele nega que oficiais militares
teriam oferecido "reforços" para governadores, a fim de garantir a
paz e a ordem durante os protestos marcados para o dia 13 de março.
"Quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou
de garantia da lei e da ordem, a determinação nos é dada por meio da
Presidência da República. Se algum governador desejar a participação das tropas
para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo", disse o
general Otávio Rêgo Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército.
Ele afirmou ainda, em entrevista ao Valor, que a mensagem
principal do Exército é pedir "união" neste momento de crise. "É
essencial que as Forças Armadas, até pela credibilidade que têm, tenham papel
completamente institucional e de Estado. Consideramos muito importante que a
instituição fique pairando acima de qualquer viés ideológico", diz.
Pedido de reforço do Globo
A suposta entrada dos militares na crise política foi
noticiada pelos jornalistas Ricardo Noblat e Merval Pereira, do Globo. Noblat
dizia que os militares cobravam de seus interlocutores no meio político uma
solução rápida para a crise, ou seja, o impeachment. Merval afirmava que os
generais estavam prontos para colocar tropas nas ruas.
Como se vê pela nota do general Rêgo Barros, era tudo
mentira de dois dos principais colunistas do Globo, que apoiou o golpe militar
de 1964. Incitadora do golpe, a Globo imaginava que a suposta delação de
Delcídio Amaral e a ação policial contra o ex-presidente Lula criariam o
ambiente perfeito para as manifestações de 13 de março.
No entanto, a reação foi contrária e o que se viu foi a
formação de uma onda em defesa da democracia e em solidariedade ao
ex-presidente Lula. Além disso, a Globo foi alvo de manifestações em frente à
sua sede, no Rio de Janeiro, e em Paraty (SP), onde foi construído um triplex
atribuído aos donos da Globo – o que os Marinho negam.
Via - Brasil 247
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