Declaração foi dada após interesse de Marcelo Crivella,
eleito no Rio de Janeiro, em municipalizar unidades.
Ricardo Barros (PP), ministro da Saúde do presidente não eleito de Michel Temer (PMDB), afirmou que não é função do governo federal administrar unidades hospitalares. A declaração, dada nesta quarta-feira (2), ocorreu após Marcelo Crivella (PRB) - eleito para a Prefeitura do Rio de Janeiro - ter manifestado o interesse em municipalizar hospitais na capital fluminense.
Atualmente, o Ministério mantém unidades em apenas dois
estados: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. No último, há nove unidades.
Barros conversou com Crivella sobre o tema. As informações são do jornal O
Globo.
“Eu tive essa conversa com Crivella, porque de fato não é
função do ministério ter hospital. Só temos no Rio de Janeiro e Rio Grande do
Sul. Em lugar nenhum mais, porque o SUS (Sistema Único de Saúde) é de execução
descentralizada. Mas ele (Crivella) ficou de estudar se haveria interesse da
parte dele. E nós, havendo manifestação dele, vamos dialogar com os hospitais,
para ver como tomamos a decisão”, afirmou Barros.
De acordo com o ministro, Crivella deve enviar um pedido
formal à pasta, que seria sucedido por um estudo para avaliar a viabilidade e
legalidade da transferência. Ele ainda ressaltou que o Ministério não irá se
posicionar oficialmente em relação ao tema antes da requisição da prefeitura do
Rio.
Crivella, por sua vez, afirmou que, ainda que haja
municipalização, haveria necessidade de que repasses federais às unidades
continuem: “Não tenho medo de ser um gestor pleno do SUS (Sistema Único de
Saúde) se nós pudermos contar com os repasses e reajustes dos repasses para que
não estrangule o Tesouro municipal”, disse na terça-feira (1).
Em relação aos repasses, Barros afirmou que esta questão
deve ser examinada em um eventual processo de transferência.
Edição: Juliana Gonçalves
Via – Brasil de Fato
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