Morreu, na noite de quarta-feira (2), mais uma vítima do
acidente entre um ônibus e um caminhão em Cafezal do Sul, na região noroeste do
Paraná. Claudete Marcato tinha 51 anos e estava internada no Hospital
Universitário de Londrina com 25% do corpo queimado, mas não resistiu. O acidente
ocorreu na segunda-feira (31) na PR-323 e outras vinte pessoas morreram na
hora. Nove ainda estão internadas.
Os sobreviventes estão internados no Hospital Cemil, em
Umuarama, e devem receber alta a partir desta quinta-feira (3). De acordo com o
hospital, nenhum deles corre risco de morte.
O ônibus que se envolveu na batida pertencia à Secretaria de
Saúde de Altônia e seguia para Umuarama com 28 passageiros - a maioria
pacientes em tratamento. Na batida, morreram 19 moradores de Altônia e o motorista
do caminhão.
A polícia ainda vai investigar as causas do acidente, mas
adiantou que o ônibus seguia no sentido a Umuarama quando bateu de frente com o
caminhão que trafegava no sentido contrário. Após a colisão, o ônibus foi
arrastado pelo caminhão e pegou fogo, sendo destruído pelas chamas.
O caminhão que tinha acabado de descarregar uma carga de
leite e estava vazio. O motorista Sérgio Ademir Luiz Scaravonatto, de 50 anos,
morreu na hora. O corpo dele foi enterrado na terça-feira (1º) no Cemitério Municipal
de Pato Bragado, no oeste do estado.
Outros 18 corpos ainda estão no Instituto Médico-Legal (IML)
de Umuarama. Eles serão liberados após a realização de exames de DNA, pois
segundo a Polícia Científica não há condições de identificá-los por impressão
digital ou arcada dentária. O material genético de familiares de todos os
mortos foi coletado, e as amostras foram encaminhadas para Curitiba, na quarta
(2), onde será feita a identificação. O resultado deve ficar pronto em até 40
dias.
Rodovia perigosa
A PR-323 já contabiliza 61 mortes desde janeiro deste ano. O
número, conforme o levantamento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) é quase o
dobro do registrado durante todo o ano de 2015, quando 38 pessoas perderam a
vida na rodovia, importante ligação entre o Porto de Paranaguá e o centro-oeste
paranaense e principal acesso entre cidades da região.
Considerada uma das mais violentas do estado, parte da
estrada ainda é de pista simples. O contrato para duplicação de 220
quilômetros, no entanto, foi assinado em junho de 2014 e cancelado em setembro
pelo governo do Paraná. O estado afirmou que a empresa Odebrecht, que liderava
o consórcio vencedor da licitação, não comprovou capacidade financeira para
executar a obra. Os prazos venceram e não há prazo para que seja iniciada.
O investimento total seria de R$ 7,7 bilhões e previa ainda
a construção de 41 viadutos e 13 passarelas, além de vias marginais nos trechos
urbanos.
O governo do estado informou que o Departamento de Estradas
de Rodagem (DER) faz estudos de melhorias na rodovia e que em 2017 deve abrir
novas licitações. Ainda este ano, garantiu, obras de recuperação devem ser
feitas entre Umuarama e Iporã, trecho onde ocorreu o acidente.
Fonte G1
Via – Portal Loanda
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