O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,
parceiro do atual governador licenciado Luiz Fernando Pezão, que está para
voltar a qualquer momento, ao que tudo indica se encontra no momento em maus
lençóis em função das delações premiadas do empresário Fernando Cavendish,
contemplado pelas preferências em obras pagas pelos cofres públicos
fluminenses.
Na verdade, denúncias nesse sentido não são de agora, mas
antigas e sempre foram abafadas com a colaboração de alguns veículos de
comunicação conservadores que, se não apoiavam Cabral, silenciavam sobre as
denúncias que agora estão aparecendo via Cavendish.
Os cidadãos contribuintes fluminenses esperam que desta vez
tudo venha à tona, não apenas o presente oferecido à ex-primeira dama do Estado
do Rio, até porque quando o governo estadual, ou qualquer governo, favorece
irregularmente este ou aquele empresário, o prejudicado é o povo.
Jornais e mídias eletrônicas na ocasião preferiram evitar a
divulgação das denúncias, possivelmente aconselhados pelos seus respectivos
departamentos comerciais. Agora, querendo ou não os departamentos comerciais
dessas mídias, devem ser investigados a fundo não apenas secretários de Estado
da gestão Cabral, como todos os demais integrantes do governo estadual,
inclusive o vice Pezão, que acabou se tornando o substituto do seu aliado.
Como se sabe, o Estado do Rio está falido por má gestão,
exatamente por responsabilidade dos que fizeram e aconteceram neste atual e no
anterior governo. Não tem realmente sentido apenas apontar o que foi feito
antes, mas é preciso saber também os dias atuais, até porque o atual governo é
o prolongamento do anterior.
Sem que isso aconteça vai ficar difícil, talvez impossível,
convencer os cidadãos contribuintes que as investigações são mesmo para valer
ou apenas uma forma de da uma satisfação incompleta para a opinião publica.
É este o momento, apesar de se saber que o PMDB continua no
poder estadual fluminense e em âmbito federal. Não se pode aceitar que se
poupem figuras marcadas, só porque hoje são governo ou mesmo apoiadores
incondicionais.
Este mesmo raciocínio é válido para o atual Ministro do
Exterior, José Serra, acusado por executivos da empresa Odebrecht de receber
doações ilícitas, mais de 20 milhões de reais, em uma conta na Suíça.
É preciso, em suma, que a opinião pública seja informada com
precisão. E que a mídia conservadora não esconda o fato. Se isso não acontecer
será reforçada a tese segundo a qual somente um setor político é objeto de
divulgação dos malfeitos.
Via Brasil de Fato
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